“ Hoje eu vou sair por aí vou me embriagar não quero saber de conversa vou me libertar”[...] este é um pequeno trecho de uma música de forró que esteve no auge do sucesso e na boca dos jovens que curtem o estilo. Para os compositores nada tão fácil como escrever uma letra que fale em liberdade, diversão, curtição e isso tudo regado a muita bebida, rápida, fácil e todo mundo gosta e curte porque em geral é o que se acredita e o que se faz.
Erroneamente as pessoas têm procurado acreditar que a diversão está na quantidade de álcool ingerido, no número de moças(ou rapazes) com que se “fica” por noite, no simples fato de estar em um meio onde o que mais se vê é prostituição, uso de drogas lícitas ou ilícitas. Um mundo sem limites onde prazer é prioridade seja ele como for. As músicas que ouvimos são exemplos bem rasteiros para mostrar o real interesse da sociedade hoje, ou mesmo do que a sociedade prega a respeito de como agir e se comportar para ser um ser cada vez mais aceito neste meio em que se vive.
O conceito de liberdade segundo o Aurélio é o seguinte: Faculdade de cada um se decidir ou agir segundo a própria determinação. Estado ou condição de homem livre.
Eis o conceito que se tem de liberdade, ser livre é agir de uma forma determinado por sua própria vontade, agir segundo sua determinação. Com base nisto pode-se dizer que viver de uma forma induzida pelo consenso é viver livre? Será que para ser realmente livre é necessária uma vida de farras, festas e badalações?
A juventude não precisa ser em meio a festas corrompidas pelo álcool e demais drogas, ser livre não implica em fazer “aquilo que te der na telha” vai muito mais além. Ser jovem e ser feliz consistem em fazer as escolhas certas, consiste em não usar a desculpa de que se pode fazer tudo para fazer realmente “tudo”. Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam. 1 Cor. 10,23.
Paulo escreveu todas as coisas são realmente lícitas, mas nem todas edificam, podemos e somos livres sim, mas somos verdadeiramente livres quando não nos deixamos levar pelas vontades e sim pelo que nós compreendemos como o que é bom.
Somos livres a partir do momento que passamos a agir e cometer atos voluntários, quando determinamos a verdadeira liberdade, quando não nos deixamos levar pelo que o senso comum dita quanto a ter liberdade, quando o que nos controla não são os instintos e sim a nossa racionalidade. Pode-ser até pensar em liberdade como sendo viver aquilo que os outros impõem que se viva, mas a partir do momento em que se passa a dominar seus desejos e pesasse tudo se o resultado for à escolha pelo melhor aí sim você vai pode dizer SOU LIVRE!
Daniele Abílio